terça-feira, 18 de maio de 2010

Namalee e o estilo New Rave


Afirma Namalee Bolle que é editora da revista SuperSuper, é estilista\cantora\stylist\musa \ artista e modelo. Foi fotografada no final do ano passado usando o tênis em anúncio para a Reebook e sendo a stylist escolhida para representar Londres.

Amplamente conhecida pelo seu estilo descontroladamente avant-garden .
Seu estilo é Maxi-Maximalista sempre, segundo a mesma afirma. Um misto de freestyle com New Raver.

Vc pode encontrá-la nas ruas com de Londres com um colar futurista chinés de Lara Bohic,
uma t-shirt de Kokon-to-zai, leggings com seu rosto estampado.
Aprecia estilistas como Gareth Pugh, Viktor e Rolf, Helmult Lang.
Entre suas maiores referências está o início dos anos 90
Um dos muitos empregos de Namalee Bolle é ser musa da moda da dupla de designeres Basso e Brooke. " Meu trabalho é inspirar, isso soa ridículo mas sempre tive uma visão diferente sobre as coisas "

"Eu compro roupas em qualquer lugar, desde Selfridges a lojas de caridade, o que faz o look ficar bom são as combinações" - Afirma em entrevista para o blog inglês Cut Out Keep.

Para conferir seu trabalho como cantora clique aqui.

"A visão poderosa e positiva de uma mulher, Namalee é potente e tem uma irrepimível força. Ela é a musa perfeita por que ela é mais do que usar roupas justas" Namalee é uma estrela underground pronta para o sucesso - Manual Hipsters
Namalee explicou em entrevistas o significado de New Rave e onde tudo começou. "Originou-se em Londres por volta de 2002 em um clube chamado KashPoint com uma performance feita por Mattehew Glammorre. O clube era frequentado por gente como Gareth Pugh, Cassete Playa, Niyi Patrick. Tudo começou nesta cena.
Eu comcei a experimentar a me vestir de forma ainda mais aleatória; misturava objetos e brinquedos com peças de roupas. Esses clubes começarama ficar conhecidos pels mashups de músicas eletrônicas, a mídia passou a chamar esse estilo de "New Rave".

" É muito raro ver estilo verdadeiro hoje em dia, quando vejo algumas celebridades enxergo muita elegância, mas não estilo. Estilo é algo que vem da sua alma e não do seu stylist\estilista. Eu não vejo estilo nas pessoas que imitam Patti Smith e fazem carão cool. Patti Smith era legal por que era ela mesma. "

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Moda e Cultura Kitsch


No mundo das artes um ícone chamado Jeff Koons desafiou os limites do bom gosto de maneira bem direta, transportou ícones do mundo pop e pornô para os museus e galerias de arte.
Pierre et Gilles, David La Chapelle, entre tantos com seus olhares estéticos apuradíssimos criaram uma simbiose interessante de efeitos visuais da perfeição e do divino ao Kitsch.
O Kitsch é um termo de origem alemã (verkitschen) que é usado para categorizar objetos de valor estético distorcidos e/ou exagerados, que são considerados inferiores à sua cópia existente.
Hoje o Kitsch participa ativamente de nossa cultura visual através da publicidade, do excesso de informações a que somos submetidos no dia-a-dia.

O mundo contemporâneo está saturado de imagens, e um dos papéis mais importantes da ação artística é selecionar dentre essas imagens, proporcionando-lhes novas direções e conceitos

Para as artes visuais belo é uma coisa que se rompe faz muito tempo.
A moda possui uma outra lógica ; precisa de afirmação de uns para consideração de outros.







Os irmãos Campana lançaram uma série de cadeiras feitas de ursinhos de pelúcia. Foram considerados ora kitsch ora sensíveis na fronteira com uma infância que não quer se perder. E Kitsch pois tangencia uma fronteira com os anões de jardim.




Quando se fala em cultura kitsch, pop é impossível não pensar no
Saara, paraíso de objetos Made in China, além de adereços de carnaval, plantas artificiais, imitações de móveis no estilo rococó
feitos de plástico e materiais industrializados.
O Carnaval que foi citado também é um ícone de Brasilidade, uma alegoria do sublime e do Pomposo feito de materiais efêmeros .
O Kitsch, podemos afirmar está bastante presente , de norte a sul na cultura brasileira.

Falando de moda A Blue Man e seu criador, Davi Azulay, procurou captar elementos que dialogam com a Brasilidade que são : Intensidade cromática, vitalidade e sensualidade, inclusive em suas campanhas. Em uma de suas coleções convidou o artista plástico Marcos Cardoso para estampar e criar peças. Resultado : Embalagens de bombril seladas em camisetas e sungas, embalagens de biscoito Fandangos, Confete, Sabão em pó e etc. Além das roupas em croché com detalhes de abridor de latinhas.
Além dessa coleção, a Blue Man e a Alessa já usaram como tema de suas coleções o "Sagrado e o Profano" Típico pensamento popular repleto de Brasilidade.


Pensando nos Fruicts japoneses e nas lolitas de Harajuku podemos perceber o quanto são ousados e não tem medo de assumir essa estética exagerada que denota como o consumo e o excesso já são parte de suas culturas. No Brasil, o carnaval, o barroco, o sincretismo, o kitsch apesar de estarem presentes nas festas populares, no comércio de rua ainda não foi em termos de representatividade considerados no meio fashion
Ainda não foi assumido como identidade e traduzido para o guarda roupa, o que pode ser divertido e belo, dependendo do designer.
É mais fácil o varejo brasileiro compreender e se adaptar ao estilo de Lady Gaga do que pegar uma referencia extravagante do próprio país.
Fiquei sabendo por intermédio de uma professora que o estilista francês Jean Paul Gautier,na qual ela recebeu estando ele em estadia no Rio de Janeiro. E contou o caso de que este vindo ao Brasil fez compras e compras no Saara e usou em seu desfile seguinte centenas de metros de sianinhas, paetês e tantos outros made in Brazil.






quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dona Flor e seus dois Maridos

Esse Post é dedicado aos florais, que vieram nas coleções de Inverno e são boas apostas para o próximo verão.









Captei algumas imagens de Harajuku e vejam só, os florais estão de vento e poupa por lá, logo acredito que continua sendo uma tendência, que nós brasileiras podemos explorar bastante em nosso guarda roupa.
A respeito dos florais nós temos o Liberty, que surgiu na Inglaterra ( São aquelas estampas miudinhas )o retrô e de de pincelados, mais abstrato. O interessante é que as novas padronagens de floral vem sem o contorno, o que faz com que pareçam pequeninas pinceladas.


O Floral é mais do que antigo e por que não se inspirar em Dona Flor e seus dois maridos e por um vestido preto bem curtinho de rosas vermelhas!










O que você pode fazer também é misturar o liberty com xadrez, fica bacana como podemos ver na foto ( No caso ela usou cores coordenadas) :

Moda e Identidade

Boa Noite a todos, esse é meu primeiro post, como não tenho ainda muitas palavras vou começar citando um trecho do livro "Observatório de Sinais" do sociólogo Dario Caldas.
Falando da questão da identidade brasileira ele define suas considerações:


..."No Campo da moda, alguns profissionais tomaram o território como medida, afirmando que o "autenticamente nacional" era tudo aquilo que se fazia dentro das fronteiras do Brasil. O argumento era mais ou menos o seguinte: "Sou Brasileiro, faço moda no Brasil, portanto o que crio também é. "Não deixa de ser uma meia verdade mas isso não resolve a questão da identidade,nem explica por que os hambúrgeres, embora tenham sido incorporados a dieta nacional, continuem a ser reconhecidos como criação cultural norte americana, mesmo se produzidos por indústrias brasileiras. Também não explica como os estilistas japoneses, mesmo fazendo moda na França, tenham conseguido transmitir uma identidade cultural tão forte, ponto de a história da moda ter incoporado expressões como o "japonismo dos anos 80"...


Como pude analisar, o conceito de identidade é sim, muito importante para um designer, pois toda criação parte de um entorno, de uma bagagem cultural e quando pronta a criação se torna produto que segue para um corpo que em contrapartida também possui crenças, referências e tradições.



Segundo o Sociólogo

..." Há,no entanto, uma e espécie de incompreensão metodológica, tanto sobre o que tomar como referência quanto sobre como fazê-lo, que resulta ora em opacidade em relação a cultura, ora em nacionalismo anacrônico"...

Bem, esse é um fato que podemos concordar; na dificuldade do setor de moda\cosméticos em transmitir uma cultura brasileira sem cair nos clichés.

Ampliando o leque de linguagens podemos citar aguns artistas plásticos como Adriana Varejão que sabe falar do Brasil sem maneirismos e estereótipos, saindo do lugar comum e propondo uma plástica que transcende o conceito folclórico ou global, sua estética é do aqui e do agora mesmo remetendo a tempos coloniais.





Como não citar também Jarbas Lopes e sua bicicleta de palha e o trabalho de Maria Nepomucemo: